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Muito provavelmente você já deve ter ouvido em algum lugar sobre Pilates. Pode ter sido através de filmes, séries, ou até mesmo de algum conhecido. Entretanto, o que pouca gente sabe é a ligação entre esse tipo de modalidade, a dança e, principalmente, como o Método chegou ao Brasil.

A união entre o Pilates e a dança tem raízes históricas e evoluiu ao longo do tempo, resultando em uma parceria que se mostrou benéfica para dançarinos, atletas e praticantes do Pilates. 

A conexão entre esses dois métodos pode ser rastreada até o próprio criador do Pilates, Joseph Pilates, que foi influenciado pela dança e incorporou elementos do movimento artístico em sua abordagem de condicionamento físico.

Calma, eu sei que é muita informação para você absorver em tão pouco tempo. Por conta disso, vamos começar do jeito que sempre se deve começar uma história: do começo.

A origem do Pilates com a dança

Joseph Pilates nasceu em 1883 na Alemanha e, desde muito jovem, teve uma saúde frágil. Ele se interessou por várias formas de exercício e, durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou como enfermeiro, momento em que começou a desenvolver exercícios que mais tarde se tornaram a base do Método Pilates. 

Joseph se desenvolveu em diversas disciplinas, incluindo yoga, ginástica e balé, e combinou esses elementos para criar um sistema de condicionamento físico e reabilitação. A dança desempenhou um papel significativo em sua vida. 

Sua esposa, Clara Pilates, era dançarina, e os dois abriram um Studio de Pilates em Nova York nos anos 1920, frequentado por muitos dançarinos. Aproximadamente na mesma época, Martha Graham, uma das pioneiras da dança moderna, tornou-se uma entusiasta do Método Pilates. 

Ela viu o potencial do Pilates para melhorar a força, flexibilidade, controle e consciênia corporal dos dançarinos.

Com o tempo, o Método Pilates ganhou popularidade entre a comunidade de dançarinos, que começaram a perceber seus benefícios para melhorar o desempenho, prevenir lesões e reabilitar as já existentes. 

Os exercícios de Pilates, com ênfase no alinhamento postural, equilíbrio e coordenação, se encaixaram perfeitamente nas necessidades dos dançarinos.

Hoje em dia, a integração do Pilates na dança é comum em escolas, companhias de balé e programas de treinamento para dançarinos de todos os estilos. Muitos coreógrafos, instrutores e treinadores incorporam os exercícios de Pilates em suas rotinas de treinamento, visando fortalecer o corpo, aprimorar a técnica e prevenir lesões.

Essa união entre o Pilates e a dança continua a evoluir à medida que novas abordagens e adaptações são desenvolvidas para atender às necessidades específicas dos dançarinos, demonstrando como a influência mútua dessas duas disciplinas se fortalece ao longo do tempo.

Pilates e dança: a combinação que deu certo!

Muitos dos grandes dançarinos que arrebataram espectadores em palcos e apresentações pelo mundo vieram a frequentar o Studio de Joseph Pilates. Se você conhece um pouco sobre a segunda arte, sabe da importância que Ruth St. Denis, Ted Shawn, Jerome Robbins e Martha Graham tiveram.

Entretanto, essas relações se estreitam ainda mais com Martha Graham, que foi uma dançarina e coreógrafa estadunidense de fama mundial, e que, segundo muitos, revolucionou a história da dança. Mas o ponto que chama a atenção aqui é justamente que ela foi uma das principais entusiastas do Método Pilates e ajudou na propagação pelo mundo.

Tanto que após Joseph Pilates falecer, em 9 de outubro de 1967, Ron Fletcher, Elder e um dos dançarinos de Martha Graham abriram um Studio de Pilates em Los Angeles, em 1970. Seu trabalho foi tão bom que Clara Pilates, esposa e herdeira do trabalho do marido, permitiu que eles difundessem o nome e o trabalho de “Pilates”.

Com o passar dos anos, essa modalidade ficou intimamente ligada com a dança, especialmente a estadunidense. Porém esse cenário estava prestes a mudar e a alçar voo para a América do Sul em pouco tempo.

Como o Pilates chegou ao Brasil?

Por que precisou de toda essa introdução para chegarmos ao ponto em que o Pilates vem para o nosso país? O Método só veio a conhecer as terras tupiniquins por conta de Alice Becker Denovaro, bailarina profissional e a primeira brasileira a certificar-se para a instrução do Método Pilates.

A certificação da profissional aconteceu nos EUA, pois ela havia sofrido uma lesão no joelho em 1985, o que fez com que parasse com as apresentações no palco, mas voltasse toda a sua atenção para o meio acadêmico.

Para isso, ela cursou um Mestrado em Coreografia na California Institute of The Art, no condado de Los Angeles. Pilates era uma das matérias obrigatórias, entretanto, Alice não se interessou pelo tema de primeira, por conta que sua professora na época priorizava a questão estética, como a queima de gordura, entre outras qualidades.

Entretanto, esse tipo de abordagem pouco importava para Alice, já que ela estava ali somente para aprender a técnica de dança

Com isso, começou a faltar nas aulas, ao ponto de sua professora chamar sua atenção. Ao explicar a situação, partiu da professora um convite para que ela conhecesse uma técnica realizada em um aparelho chamado de “Reformer”.

Para quem não é entendido no assunto, Reformer é um equipamento parecido com uma cama deslizante com molas. Ele é bastante usado no Pilates para trabalhar a musculatura corporal nas posições horizontais, sentado, em quatro apoios e em pé.

Mas, voltando à história, Alice aprendeu que o Pilates ajuda na reeducação corporal do dançarino, e que, muitas vezes entregue à performance, excede o limite do seu corpo.

Com o seu encantamento pelo aparelho e pelo exercício, Alice não somente passou a frequentar todas as aulas a partir de então, como realizou uma formação complementar em paralelo com Marie José Blom, conhecida mundialmente como uma das maiores propagadoras do Pilates no mundo.

Aterrisando em terras brasileiras

Mesmo com a sua experiência no exterior, Alice teve que voltar ao Brasil em 1991, mas não sem trazer consigo o seu conhecimento do Método. A fim de trazer um Reformer para cá, ela vendeu seu fogão e geladeira de onde morava nos Estados Unidos, e conseguiu montar um Studio na sala de sua casa, em Salvador, na Bahia.

Alice começou primeiramente a ensinar para algumas pessoas, incluindo amigos dançarinos. Logo ficou claro que aquele tipo de exercício era totalmente diferente, e, em menos de um ano, já contava com uma gigantesca fila de espera. Por conta da alta demanda, comprou outro Reformer.

Mas, mesmo com a alta demanda, ela ainda não conseguia viver exclusivamente disso, e precisou fazer alguns “bicos” como modelo, manequim, além de dar aulas de expressão corporal para modelos. Nesse meio tempo, ministrava aulas de Pilates de manhã e à noite, e aos finais de semana cantava.

Com isso, conseguiu fundar a empresa Physio Pilates, da qual é presidente até hoje. E o resto, bem… É história.

Sua influência nos dias atuais

É realmente interessante ver o quanto o Pilates foi difundido no Brasil. Tanto é que muitas empresas de fisioterapia acabam procurando formas de como abrir um MEI e acabam se valendo dessa técnica para ajudar seus pacientes, sejam aqueles que possuem alguma comorbidade ou até mesmo querem melhor desempenho físico.

Portanto, sempre é interessante ver como as coisas acabam se interligando e chegando até nós, mesmo que seja de maneiras totalmente inusitadas.

Benefícios do Pilates para bailarinos 

O Pilates oferece uma série de benefícios aos bailarinos, que podem melhorar seu desempenho, resistência e saúde de forma geral. Aqui estão alguns dos principais benefícios do Pilates para bailarinos:

Melhora da força e flexibilidade: o Pilates foca na construção de uma base sólida de força central, o que é essencial para os bailarinos. Ele também ajuda a alongar os músculos, melhorando a flexibilidade e a amplitude de movimento.

Desenvolvimento da consciência corporal: o Pilates enfatiza a consciência postural e o alinhamento adequado, tornando os bailarinos mais conscientes de sua postura e movimentos. Isso é fundamental para evitar lesões e executar movimentos com precisão.

Estabilidade do core: a força do core (músculos abdominais, lombares e pélvicos) é crucial para a dança. O Pilates fortalece os músculos, proporcionando uma base sólida para os movimentos de dança.

Melhor controle e coordenação: o Pilates ajuda a melhorar o controle sobre os músculos e de forma cooperativa entre as diferentes partes do corpo, o que é essencial para a execução precisa de movimentos de dança.

Prevenção de lesões: ao fortalecer os músculos ao redor das articulações e melhorar a flexibilidade, o Pilates pode ajudar a prevenir lesões comuns em bailarinos, como entorses e distensões.

Resistência e energia: o Método ajuda a construir resistência muscular e cardiovascular, aumentando a capacidade dos bailarinos de manter um alto nível de energia durante apresentações longas.

Melhor respiração: a ênfase na respiração controlada no Pilates ajuda os bailarinos a desenvolver uma respiração mais eficaz, o que é crucial para sustentar a resistência durante a dança.

Recuperação e reabilitação: para bailarinos que enfrentam lesões, o Pilates pode ser uma ferramenta eficaz de reabilitação, auxiliando na recuperação e no retorno ao treinamento.

Redução do estresse e tensão: o Pilates promove o relaxamento e reduz o estresse, o que pode ser benéfico para bailarinos que lidam com pressão e demandas constantes.

Melhoria na expressão artística: ao aprimorar o controle, a técnica e a força, o Pilates permite que os bailarinos se concentrem mais na expressão artística de seus movimentos.

Conclusão 

Pilates e dança são dois métodos que, embora distintos em sua natureza, têm uma relação especial que se traduz em benefícios mútuos. O Método oferece um conjunto de princípios fundamentais, como controle, precisão, concentração, fluidez e respiração, que são altamente aplicáveis ​​à dança

A prática regular pode melhorar a força, a flexibilidade, o equilíbrio e o controle corporal, fundamentais para qualquer dançarino.

Por outro lado, a dança, com suas diferentes modalidades e estilos, permite que os praticantes de Pilates apliquem suas habilidades em um contexto criativo e expressivo. 

A dança desafia o corpo a se mover de maneiras únicas, incorporando movimentos rítmicos, graciosos e cheios de energia, que, por sua vez, podem enriquecer a experiência do Pilates.


























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