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Em minha história de vida, a experiência de passar por um período de gestação foi como uma dádiva divina, algo que vivi intensamente.

As alterações e sensações do corpo são realmente experiências fantásticas e possibilidades de refletir sobre esse maravilhoso poder da natureza de gerar uma vida!

Pratiquei Pilates na gestação até o oitavo mês, na primeira gravidez, e senti os benefícios de um corpo com músculos fortes e flexíveis, além da circulação, equilíbrio, coordenação preservadas e melhoradas.

Sendo assim, nessa matéria vou descrever os maiores benefícios que o método Pilates na Gestação pode ter!

Os Trimestres da GestaçãoPilates-na-gestação

Durante os trimestres as séries de exercícios no Pilates na gestação eram modificadas e adaptadas à minha nova condição, tornando assim a prática prazerosa e de acordo com minhas habilidades no momento.

Acredito que se a cliente gestante tem seguido uma rotina regular de Pilates (por aproximadamente 3 meses antes da concepção), pode manter este programa por algum período. Há alguns outros especialistas acreditam que é possível iniciar a prática quando se esta gestante.

Entretanto, acredito que devido as complexas alterações fisiológicas e emocionais não é interessante iniciar uma prática nova neste período, mas continuar a se exercitar em uma rotina de Pilates de Clássico.

Os exercícios de Pilates na gestação devem ser adaptados para cada trimestre e serem realizados de forma lenta e controlada, além de contar com um profissional capacitado a ministrar uma aula com esse público, para aproveitar todos os benefícios sem expor a gestante a qualquer risco.

Geralmente as gestantes que obtém liberação médica para a prática de Pilates desde o início da gestação, são mulheres que provavelmente já praticavam o método antes da gravidez.

Assim, nessas alunas devemos continuar com os fortalecimentos de membros superiores e inferiores , abdômen e tronco. Podemos continuar com os alongamentos também, porém com um maior cuidado nas amplitudes.

As que tem liberação no segundo trimestre geralmente chegam nos Studios com uma maior disposição e energia para começar a prática de exercício, no entanto é necessário manter os mesmos cuidados no Pilates para gestação.

O que temos sempre que pensar a cada escolha de exercício é:

Qual o objetivo desse movimento? De que forma ele estará ajudando a minha aluna?

Ou seja, já foram comprovados os benefícios da atividade física nessa fase da vida da mulher especialmente o Pilates na gestação, mas precisamos sempre redobrar os cuidados, tendo em vista que estamos lidando com duas vidas, e não só uma.

A Prática do Pilates na GestaçãoPilates-na-gestação-2

Os exercícios durante o Pilates na gestação desempenham um papel importante na promoção da saúde e bem-estar.

Alguns dos mais destacados são benéficos em muitos aspectos da vida da mulher, melhorando pontos como:

  • Auxílio ao controle de peso
  • Melhora de qualidade do sono
  • Alívios a problemas circulatórios
  • Prisão de ventre
  • Fadiga
  • Dores musculares e articulares que possam surgir devido as alterações do centro de gravidade e mudanças no metabolismo

Alguns relatos também apontam para um trabalho de parto mais rápido e menor necessidade de indução com ocitocina em mulheres que se exercitam com regularidade durante a gestação, além da necessidade de um menor uso de analgesia epidural e menor índices de partos cirúrgicos.

Segundo o Médico obstetra Uzzi Reiss (in Winsor e Laska 2001) o Método Pilates na gestação é o melhor e mais eficiente trabalho físico para a gestante, trazendo benefícios como um bem-estar e conforto para executar as atividades diárias, além de diminuir as chances de desenvolver lesões.

E complementou:

“Praticando Pilates você vai aumentar a circulação para o feto. Vai respirar melhor, tornar-se mais relaxado, fortalecer seus músculos, aumentar a sua flexibilidade, melhorar a amplitude de movimento e tornar-se forte. Como resultado, poderá se movimentar mais e muito melhor”.

Entretanto para se exercitar  e fazer Pilates na gestação, a mulher necessita de autorização médica e jamais ser estimulada no seu ponto de exaustão ou falta de ar para não correr risco de não conseguir suprir a quantidade de oxigênio necessária.

Desta forma o próprio corpo demonstra os sinais para reduzir o grau de intensidade de movimento fazendo pausas frequentes e estimulando a ingestão de muito líquido.

Com uma musculatura abdominal fortalecida é possível também dar maior suporte e a coluna permanecer alongada, desta forma permitindo ao bebê um melhor espaço para crescer e se desenvolver plenamente.

Winsor e Laska (2010), destacam que dentro do fenômeno da gestação nos tornamos mais sensíveis devido aos estímulos potencializados do corpo.

Quando você esta gestante, você esta em grande sintonia com seu corpo. Quando seu corpo conversa com você, é importante que você escute e escute cuidadosamente. Praticando Pilates, a conversação consigo será potencializada. (….) Permita a si mesmo ouvir as sugestões do seu corpo.

WINSOR  e LASKA, 2010, p. 33

 Ao trazer a concentração para o seu interior, ou seja, na busca de ampliar sua intuição e “ouvir” a si mesmo e as mensagens trazidas do seu íntimo até você, irá perceber que há partes do corpo mais flexíveis e outras menos, umas mais fracas e outras mais fortes.

A ideia é trazer um equilíbrio e harmonia das cadeias musculares e articulares diminuindo essas discrepâncias. Durante a prática da atividade física é possível aumentar a percepção corporal e estimular o que Joseph Pilates pregava como a educação de corpo, mente e espírito.

Concluindo…Pilates-na-gestação-5

A prática do Método Pilates da sua forma mais original e mais clássica vai permitir que suas funções trabalhem de forma a auxiliar o parto e trazer saúde e bem-estar através da potencialização do próprio ser humano e suas funções.

Quanto mais você otimizar a sua vida, mais fácil será sua gestação, e quanto mais você desejar aumentar a qualidade de vida da criança que você carrega maior e mais profunda será sua experiência. Quanto maior for sua vontade, maior serão suas recompensas.

WINSOR e LASKA, 2010, p. 38


























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