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Artroplastia de Quadril é a reconstrução da articulação do quadril através da colocação de uma prótese, podendo ser ela total ou parcial, devido a um quadro de degeneração dessa articulação.

Após a colocação da prótese de quadril, a maioria dos pacientes relatam alivio dos sintomas, principalmente da dor, possibilitando o retorno as atividades de vida diária, esportivas e lazer.

Entendendo a Artroplastia de QuadrilArtroplastia-de-Quadril-5

É um procedimento cirúrgico no qual o principal objetivo são as substituições das estruturas ósseas e articulares degeneradas do quadril.

Essa substituição (artroplastia de quadril) ocorre para restabelecer a função anatômica/fisiológica dessa articulação denominada coxofemoral.

Esta cirurgia é realizada quando alguma patologia acomete a articulação em questão causando dor e restrição dos movimentos, levando o paciente a incapacidade.

São inúmeros os tipos de próteses que podem ser utilizadas, a indicação da prótese adequada, depende do tipo de doença que acometeu essa articulação a idade do paciente e a qualidade do osso.

Artroplastia de quadril são cirurgias de grande porte, com elevado potencial de complicações pré e pós-operatórias.

Articulação do QuadrilArtroplastia-de-Quadril-3

O quadril é uma articulação triaxial, ou seja, funciona nos três planos, assim como a articulação do ombro.

Porém, o quadril é uma articulação com menor mobilidade e com maior estabilidade, tendo como principal função o suporte do peso corporal, tanto das forças que provem do ato de deambular, quanto da cabeça, tronco e membros inferiores.

Por ser uma articulação triaxial, ela possui três graus de movimento: flexão/extensão, abdução/adução, rotação interna/externa.

A limitação da amplitude destes movimentos se dá pelas diferentes profundidades do acetábulo ou resistência dos ligamentos e da musculatura envolvida nesta articulação.

Mais especificamente, a articulação coxofemoral é composta pela cabeça do fêmur e pelo acetábulo e é uma articulação do tipo esférica.

Circundando esta articulação temos uma forte e densa cápsula articular sinovial. Os grupos musculares que compõem o quadril são:

Região Glútea

  1. Glúteo Máximo, Médio e Mínimo
  2. Piriforme
  3. Obturador Interno e Externo
  4. Gêmeo Superior e Inferior
  5. Quadrado Femoral
  6. Tensor da Fáscia Lata

Região Anterior do Quadril

  1. Íliaco
  2. Psoas Maior e Menor

Região Anterior da Coxa

  1. Sartório
  2. Quadríceps Femoral

Região Medial da Coxa

  1. Pectíneo
  2. Adutor Curto, Longo e Magno
  3. Grácil

Região Posterior da Coxa

  1. Bíceps Femoral
  2. Semitendíneo
  3. Semimembranáceo

Indicações e ContraindicaçõesArtroplastia-de-Quadril-7

A articulação do quadril pode ser acometida por inúmeras patologias, dentre elas estão:

  • Legg-Pethers
  • Tumores Ósseos
  • Artrite Reumatoide
  • Espondilite Anquilosante
  • Luxação
  • Entre Outras

Mas a principal causa de intervenções cirúrgicas é, predominantemente, a osteoartrose.

Dentre as contraindicações para a realização da cirurgia temos as infecções, sendo elas: infecção ativa da articulação do quadril, de bexiga, de pele, de tórax, entre outras.

Também são contraindicações pacientes com doenças neuromusculares, distúrbios neurológicos não controlados, pacientes que não possuam orientação para conservar a prótese e qualquer processo destrutivo ósseo, assim como a osteoporose e a osteopenia.

A cirurgia também é contraindicada em pacientes que não possuam estrutura óssea suficiente para fixação dos componentes da prótese.

Artroplastia de Quadril e a FisioterapiaArtroplastia de Quadril 1

No primeiro dia após a cirurgia a fisioterapia deve ser iniciada.

A avaliação fisioterapêutica no pós-operatório de quadril serve para observar as capacidades e limitações do paciente para se estabelecer um plano de tratamento.

A fisioterapia no pós-operatório tem como objetivo restaurar a função da articulação do quadril, diminuir a dor e obter um controle muscular possibilitando ao paciente o retorno às atividades de vida diária.

Por ser uma cirurgia dolorida o indivíduo sente receio de se movimentar, pois todo e qualquer movimento brusco pode levar a uma luxação da prótese.

O tratamento pós-operatório está dividido em duas etapas: tratamento imediato e tratamento tardio. O imediato é realizado dentro do hospital e o tardio a nível ambulatorial.

O tratamento imediato tem como objetivo prevenção de complicações circulatórias como edemas e trombose venosa profunda através de exercícios metabólicos, profilaxia respiratória, posicionamento correto no leito, manutenção da força muscular, prevenção da amplitude de movimento, treino de marcha com apoio e demais orientações.

O tratamento tardio realizado no ambulatório visa à diminuição de algias, ganho de força muscular, manutenção e ganho de amplitude de movimento, treino e reeducação da marcha, condicionamento físico e demais orientações.

A reeducação funcional precoce deve ser seguida com maior brevidade possível, já que o posicionamento prolongado leva a sequelas severas.

Para uma boa conduta fisioterapêutica se faz necessário a compreensão do mecanismo da artroplastia de quadril, pois nem sempre os tratamentos seguem a mesma conduta, o que exige modificações e adaptações de acordo com cada paciente, ou até mesmo pelas complicações que ele possa vir apresentar.

Quanto antes ocorrer a atuação do fisioterapeuta mais rápido será a recuperação funcional do indivíduo e sem complicações para os componentes cirúrgicos, motores e respiratórios, possibilitando uma adequada reabilitação as atividades de vida diária e profissionais.

A evolução do tratamento vai variar de acordo com técnica cirúrgica usada. Nos casos em que a prótese for cimentada e não houver osteotomia trocantérica, a sustentação total do peso é permitida bem cedo.

Nos casos em que a osteotomia trocantérica se faz presente, a sustentação de peso será permitida somente depois de seis semanas após a cirurgia, e nos casos em que a cirurgia foi realizada sem o uso de cimento, a sustentação total do peso só ocorre três meses após a cirurgia, durante este tempo será realizado o uso de muletas e andador.

Após a alta hospitalar o paciente deve receber algumas orientações, sendo elas: andar por curtas distâncias, porém, frequentemente, ao deambular dar passos largos e iguais, evitar cruzar um joelho sobre o outro (movimento de adução), evitar flexionar o quadril ao máximo, sentar em cadeiras altas e afastar os joelhos.

O fisioterapeuta irá eleger um programa de exercícios, entre outras técnicas, visando à melhora ou restabelecimento da função do indivíduo.

Dentre os exercícios usados para esta reabilitação estão: exercícios ativos, fortalecimento, propriocepção, alongamento e treino da marcha. E é neste momento que o Pilates atua no quadro de reabilitação deste paciente.

Artroplastia de Quadril e os Benefícios do PilatesArtroplastia de Quadril 2

O Método Pilates tem como objetivo o estímulo da circulação, melhora do condicionamento físico, flexibilidade, alongamento e alinhamento postural, melhorando os níveis de consciência corporal e a coordenação motora.

Tais benefícios ajudam a prevenir possíveis lesões e proporcionar o alivio de dores crônicas.

O Método promove o alongamento ou relaxamento de músculos encurtados ou tensionados demasiadamente, oferece o fortalecimento ou aumento do tônus daqueles músculos que estão estirados ou enfraquecidos o que seria excelente para um paciente em pós-operatório de quadril.

Diminui os desequilíbrios musculares que ocorrem em antagonistas e agonistas que são responsáveis por certos desvios posturais, problemas reumatológicos ou ortopédicos.

Trata-se de uma atividade que não impõe grande desgaste articular e o número de repetições dos variados exercícios são reduzidos. Sendo assim, torna-se uma conduta perfeita para os pacientes com o quadro de artroplastia de quadril.

Durante o pré-operatório o Método auxilia no aumento de força, mobilidade e amplitude de movimento da articulação comprometida e das adjacentes, maximizando a função e a flexibilidade.

Durante o pós-operatório o Método permanece com os mesmos objetivos.

Para os pacientes em pós-operados o Pilates permite exercícios precoces que respeitam o limite de movimentação (vários autores aconselham que a flexão de quadril seja limitada a 90°, a adução não deve ultrapassar a linha mediana e a rotação interna deve ser mínima) como também auxiliam no aumento da resistência dos músculos adjacentes.

Nas mãos de um fisioterapeuta o Método Pilates pode ser uma reabilitação eficaz apresentando diversos benefícios quando aplicado de acordo com os seus princípios.

O método possui poucas contraindicações, e estas não impedem a aplicação do Método, apenas exigem algumas alterações e cuidados que devem ser tomados, enfatizando que o Método seja individualizado.

Em pacientes com artroplastia de quadril devemos executar exercícios que envolvam o alongamento a fim de evitar ou prevenir contraturas, bem como exercícios de amplitude de movimento ativa suportadas pelo paciente.

A partir do momento em que for permitido ao indivíduo ficar em pé devemos realizar exercícios para o fortalecimento muscular, podemos usar agachamentos (iniciando com menores amplitudes e de forma gradativa aumentar esse ganho de angulação) exercícios com resistências de molas e faixas elásticas.

De forma progressiva, podemos evoluir para exercícios de equilíbrio e propriocepção como exercícios unilaterais, exercícios que simulem a subida e descida de degraus.

Nos casos em que a prótese cirúrgica for cimentada, o paciente passa a fazer o uso da bengala após três semanas e então podemos treinar a marcha em superfícies macias e irregulares.

Quando a prótese não for cimentada, ou houver a osteotomia trocantérica, essa data é prorrogada para 12 semanas.

O indivíduo só deixa de usar a bengala quando não há mais restrições de apoio de peso, ou apresente desvios durante a marcha, como o sinal de Trendelenburg positivo (fraqueza do glúteo médio).

Metas de Exercícios de 2 a 6 Semanas

Exercícios ativo-assistidos e ativos para trabalhar a amplitude de movimento (dentro dos cuidados do pós-operatório), fortalecimento dos músculos flexores, extensores, adutores, abdutores, rotadores internos e externos do quadril, aumento da resistência muscular adjacente e articulações, melhora da capacidade ambulatorial.

Podemos aqui aplicar exercícios como:

  • Hundred (Pernas Flexionadas)
  • Spine Stretch Forward
  • Single Leg Kick
  • Single Leg Stretch (mantendo o grau da articulação do quadril)

Após seis semanas com a devida cicatrização dos tecidos e uma maior força do power house, os exercícios podem evoluir, neste nível podemos aplicar exercícios como:

  • Double Leg Stretch
  • Single Leg Stretch
  • Roll Up
  • Double Leg Kick
  • Bridge
  • Hundred

Após seis meses a força e a amplitude de movimento do paciente já está devidamente recuperada, os pacientes podem realizar exercícios mais intensos, com maior resistência e maior eficiência, sendo eles:

  • Todos os exercícios anteriores
  • Teaser
  • Open Leg Rocker
  • Swan
  • Neck Pull


























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