Este guia completo foi feito para que você instrutor, saiba utilizar o Método Pilates no Tratamento da Hiperlordose. Mas antes vamos entender um pouco mais sobre essa patologia.
Atualmente as queixas de dores nas costas ocasionadas por desvios posturais vêm aumentando nos consultórios médicos e estúdios de Pilates.
Observa-se que o estilo de vida contemporâneo adotado com o uso prolongado de tablets, smartphones, posturas inadequadas, falta de atividade física, stress, fumo e obesidade prejudicam cada vez mais a saúde da coluna.
Muitos trocaram a atividade física pelo uso de computadores, inclusive trabalhadores estão preferindo o home office ficando mais ligados as suas rotinas trabalhistas em frente ao computador. A sociedade tem ficado mais tempo sentada, gerando sobrecargas na coluna ainda mais quando não sentam de forma adequada.
A coluna vertebral participa da proteção da medula e nervos espinhais, suporte de peso do corpo, promove aumento da flexibilidade no corpo, e tem um papel importante na postura e locomoção.
Portanto, hábitos inadequados podem provocar desvios anormais na região ou tornar mais acentuadas as curvas (normais) já existentes. Dentre essas alterações encontra-se a hiperlordose.
Muitos alunos procuram ou são encaminhados ao Pilates por queixas de dor lombar e em outras articulações ocasionados pela hiperlordose. Por isso, é de grande importância que o instrutor tenha conhecimento sobre esta patologia e sua biomecânica para traçar um plano de aula adequado.
Nota-se que o método Pilates, é um treinamento físico que interage o corpo e a mente, restaura o corpo eliminando as dores musculares, amplia a capacidade de executar os movimentos, aumentando o controle, a força, o equilíbrio muscular e a consciência corporal.
Trabalha o corpo como um todo, corrige a postura e realinha a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma vida mais saudável e longeva. (CAMARÃO, 2004).
Sendo assim, falaremos sobre esta patologia que leva tantas pessoas a buscar aulas de Pilates seja por encaminhamento médico, indicação de outros alunos ou por conta própria, e explicar o porque o tratamento da hiperlordose é tão importante.
O que é Hiperlordose Lombar?
São poucos os alunos que procuram um tratamento da hiperlordose em decorrência somente do desvio postural, até porque a maior parte não é dolorosa e não é debilitante enquanto se apresenta moderada.
Assim geralmente a busca ocorre somente após alguns episódios de quadros dolorosos mais intensos e diminuição da flexibilidade na coluna.
A lordose lombar é uma curva apresentada no plano sagital lombar com vértice anterior, que pode ser observada na radiografia de perfil quando utilizado o método de Cobb.
A Scoliosis Research Society (SRS) determinou que os ângulos fisiológicos apresentam intervalo de 31 graus e 79 graus, então a hiperlordose é evidenciada quando se identifica a curva com um ângulo superior ao fisiológico.
Dessa forma, denomina-se hiperlordose lombar o aumento da lordose na região lombar, que pode estar associada a uma anteversão pélvica (projetar o “umbigo” para frente).
Nota-se que a anteversão pélvica pode estar ligada a um desequilíbrio dos músculos flexores, particularmente o reto abdominal, a uma insuficiência dos músculos extensores do tronco devido a paralisia dos espinhais lombares, e a fraqueza dos músculos do glúteo, assim como a retração do íliopsoas.
O indivíduo com esta patologia, em geral, apresenta dor lombar principalmente após um longo período em pé, abdômen mais anteriorizado e flácido, aumento de celulite nas regiões glúteas, diminuição da mobilidade na região lombo-sacra, e tensão dos músculos lombares, entre outros sintomas dependendo de patologias associadas.
Por essas e outras, é importante que o indivíduo procure tratamento da hiperlordose.
Principais Causas da Hiperlordose Lombar
Por se tratar de um desvio postural, muitas podem ser as causas da hiperlodose lombar, sendo as principais:
- Má postura
- Obesidade
- Gravidez
- Deformidades genéticas
- Movimentos repetitivos
- Lesões
- Hérnia de disco (pela postura adotada para diminuir a dor)
- Fraqueza e encurtamento de grupos musculares
- Espondilolistese (escorregamento das vértebras)
Diagnóstico
Ao realizar o diagnóstico da hiperlordose é necessário um exame completo investigando sobre a saúde e as condições físicas do indivíduo. Observam-se fatores de risco como por exemplo osteoporose, obesidade, doenças congênitas, e por isso inicia-se o tratamento da hiperlordose.
No exame físico, se determina anormalidades na coluna através do toque e observação, e se verificam os graus de amplitude de diversos movimentos, atitudes posturais utilizadas no dia a dia, força muscular e encurtamentos.
Importante não deixar de fazer uma avaliação neurológica, analisando se ocorrem adormecimentos, dores reflexas ou não, alterações de sensibilidade e de função motora, e alterações em órgãos (observando a sua inervação).
Sempre complementando os exames de imagens com a avaliação física para traçar um plano de exercícios e tratamento adequados para o aluno.
Classificação
Conforme Barbosa et all (2011), a Scoliosis Research Society classifica a hiperlordose lombar como:
- Postural: dividida em constitucional e atitude hiperlordótica
- Congênita
- Pós-Laminectomia
- Neuromuscular
- Secundário a Espondilólise
- Secundária a Espondilolistese
Tratamento da Hiperlordose
O tratamento da hiperlordose não necessariamente será cirúrgico. Por ser uma patologia multifatorial, no tratamento o aluno deve ser interpretado de forma global para não somente tratar, mas prevenir futuras recidivas de lesões, dores e tensões.
O tratamento da hiperlordose pode envolver:
- Uso de Medicamentos Analgésicos e Anti-Inflamatórios, se houver dor
- Redução do Peso Corporal, se necessário
- Fisioterapia, com Eletroterapia e Cinesioterapia
- Reeducação Postural Global
- Coletes, para controlar a evolução da curvatura
- Palmilhas Posturais, caso haja necessidade
- Cuidados Diários nas Atitudes Posturais
- Tratamento Psicológico
- Acupuntura, Osteopatia, Quiropraxia
- Pilates
- Entre Outros
Como o Método Pilates pode Auxiliar no Tratamento
O método Pilates apresenta um infinidade de benefícios no tratamento da hiperlordose lombar pois trabalha o corpo de forma global e interessante,.
Isso por ser uma técnica dinâmica que visa alongamento, flexibilidade e força, se preocupando com as curvas fisiológicas do corpo e tendo como centro de força o abdômen sendo trabalhado em todas as atividades.
Esta proposta de trabalho se pauta em atingir a plena saúde física, mental e espiritual através do exercício consciente.
Segundo Dillman (2004), o principal objetivo do método Pilates é a centralização que visa desenvolver a força abdominal, resistência e controle para manter uma postura boa e preparar o corpo para realizar as atividades funcionais do cotidiano.
A técnica apresenta uma ampla variedade de exercícios que ajudam a aliviar dores crônicas e prevenir lesões melhorando o condicionamento físico, consciência corporal, coordenação motora, e alinhando a postura.
O aluno de Pilates nota desde o princípio a melhora da postura, pois desde as primeiras aulas os exercícios bem executados levam o corpo para o eixo vertical, fortalecendo a musculatura e levando ao alinhamento das articulações.
Dessa forma, o indivíduo sente mais agilidade e harmonia nos movimentos, menos tensões musculares, e mais disposição para se manter na postura ereta.
Observa-se que a transformação vai ocorrendo a medida que a aluno domina a prática dos exercícios, acionando a musculatura profunda do abdômen, denominado por Joseph como “Centro de Força” ou “Powerhouse”.
Então os movimentos são realizados com atenção não somente na execução correta do grupo muscular trabalhado, mas no corpo em sua totalidade.
Com o passar do tempo vê-se a estabilização e relaxamento dos grupos musculares que estão envolvidos diretamente e indiretamente nas ações musculares para correta manutenção da postura.
Conforme Kendall et all, a postura de cada indivíduo será determinada por cadeias musculares, fáscias, ligamentos e estruturas ósseas, que possuem solução de continuidade, são interdependentes entre si e abrangem todo o organismo. Então o método por atuar no praticante em todos os aspectos consegue atuar neste sistema de forma integral.
Como descrevia o inventor da técnica:
“Pilates desenvolve um corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, vigora a mente, e eleva o espírito. Através do Pilates, você primeiro adquire o controle completo do seu próprio corpo e depois, através da repetição adequada de seus exercícios, você gradual e progressivamente consegue ritmo e coordenação natural em todas suas atividades subconscientes.”
Exercícios de Pilates para Hiperlordose
Na prescrição dos exercícios para tratamento da hiperlordose é de grande importância a atenção na execução dos movimentos, afinal diria Joseph Pilates:
“Os benefícios do Pilates só dependem da execução dos exercícios. As instruções devem ser seguidas com fidelidade”, e “Poucos movimentos bem feitos realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica.”
Lembrando que na escolha das atividades, deve-se levar em consideração a avaliação individual de cada aluno, dando atenção ao histórico clínico do paciente assim como patologias pregressas, para evitar e prevenir futuras lesões.
Segue alguns exercícios que podem ser aplicados à hiperlordose lombar:
1) Spine Stretch
Objetivos: Controle de centro, fortalecimento dos músculos abdominais, alinhamento, dissociação da coluna em flexão anterior.
Posição inicial: Sentado sobre os ísquios com a coluna alinhada as pernas estendidas, os membros superiores flexionados com as escápulas alinhadas.
Movimento: Em crescimento axial prepara inspirando, após expira baixando o queixo e afundando o esterno curvando vértebra por vértebra, formando um “C” com a coluna e levando os braços ao solo. Após retorna à posição inicial novamente mobilizando a coluna.
2) Roll Up With the Ball
Objetivos: Consciência corporal, melhora da mobilidade da coluna, controle de centro, fortalecimento de musculatura abdominal.
Posição inicial: Deitado em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos, segurando a bola com os ombros em flexão no solo.
Movimento: Flexão de tronco, subindo vértebra por vértebra, enrolando a coluna levando a bola até os pés alongando. Após retorna à posição inicial desenrolando a coluna.
3) Standing Hip Stretch
Objetivos: Alongamento de flexores de quadril, controle de centro, dissociação de cintura escapular e quadril, melhora de equilíbrio.
Posição inicial: No Reformer, mãos na barra de pés, um dos pés na ombreira e a outra perna apoiada no solo.
Movimento: Empurrar o aparelho com extensão de quadril, semi-flexionando a perna que está no solo enquanto a perna de cima empurra a ombreira, depois retorna flexionando o quadril.
4) Abdominals With Loops Around Thighs
Objetivos: Controle de centro, alongamento axial, aumento de força abdominal.
Posição inicial: No Reformer, em decúbito dorsal, mãos apoiadas atrás da cabeça, membros inferiores flexionados em 90 graus, quadris apoiados próximos à ombreira, semi-flexão de tronco.
Movimento: Flexão de quadril mantendo o tronco em semi-flexão, sempre com o apoio da lombar na mesa, após retorna voltando o quadril em 90 graus.
5) Abdominal Roll Up Sentado na Caixa no Reformer
Objetivos: Aumento de força abdominal, controle de centro, mobilização da coluna, alongamento axial, melhora do equilíbrio.
Posição inicial: Sentado na caixa, com os braços cruzados, pés suportados pela alça de pé, sentado de frente para barra de pés do aparelho.
Movimento: Rolar para trás, vértebra por vértebra, sempre contraindo o abdômen e mantendo o alongamento axial, após retorna à posição inicial, mobilizando a coluna.
6) The Seal
Objetivos: Melhora da mobilidade de coluna, coordenação motora e consciência corporal, aumento da força abdominal, controle de centro, reequilíbrio das curvas da coluna.
Posição inicial: Sentado com os braços por dentro das pernas segurando os tornozelos, sem encontar os pés no solo, coluna flexionada, pernas abduzidas com as plantas dos pés juntas.
Movimento: Rolar para trás até a região torácica, com a mobilização das vértebras, mantendo as costas arredondada, sempre batendo as plantas dos pés 3 vezes durante o início e o final do movimento, sem encontar os pés no chão.
7) Hundred
Objetivos: Ativação do “power house”, aumento de força abdominal, favorece o relaxamento da cervical e musculatura inspiratória, alteração e ativação de padrões circulatórios, e melhora da capacidade cardio-respiratória.
Posição inicial: Deitado em decúbito dorsal, os quadris flexionados e os membros superiores estendidos ao longo do corpo.
Movimento: Leve flexão de tronco, elevação dos membros superiores e movimentos curtos de flexão e extensão de membros superiores, realizando ciclos de respiração sempre acompanhando o movimento dos braços com a respiração, tendo como objetivo a realização de cem ações de bombeamentos onde ocorre dez sequências com dez ciclos respiratórios.
8) Leg Stretch
Objetivos: alongamento da musculatura abdutora, piriforme, glúteos e quadrado lombar, e mobilização de coluna.
Posição inicial: No Barrel, um dos membros inferiores apoiado na meia lua do aparelho e o quadril em rotação externa.
Movimento: Flexão de tronco em direção à perna rodada, mobilizando vértebra por vértebra, até o limite de tolerância do alongamento, retorna novamente mobilizando a coluna.
9) Leg Pull Front
Objetivos: Estabilização de tronco, fortalecimento abdominal, controle de centro, fortalecimentos dos estabilizadores da coluna, e musculatura extensora de quadril e cintura escapular.
Posição inicial: Em decúbito ventral, posição de prancha, com apoio nos nos membros superiores flexionados, pelve e coluna neutras, escápulas estabilizadas, membros inferiores estendidos e paralelos, tornozelos em dorsiflexão.
Movimento: Extensão do quadril com estabilização da pelve e coluna, tornozelo suspenso em plantiflexão, após retornar ao solo e inverter a perna.
10) Bridging Reformer
Objetivos: Alongamento dos flexores de quadril, mobilização da coluna, correção de desalinhamento em joelhos e pés, estabilização de tronco e quadril, aumento de força muscular de glúteos e posteriores da coxa, e controle de centro.
Posição inicial: Em decúbito dorsal no Reformer com os joelhos flexionados, pés apoiados na barra de apoio dos pés, membros superiores ao longo do corpo, e joelhos e pés paralelos.
Movimento: Elevar a pelve da cama num movimento de enrolamento, retirando vértebra por vértebra, subindo até o ponto de preservação da curvatura fisiológica da região lombar, se projetar costelas e abdômen para frente, sempre distribuindo uniformemente o peso do corpo entre os pés. Após retorna do movimento novamente mobilizando a coluna.
Restrições de Exercícios para Pacientes com Hiperlordose Lombar
Os alunos terão restrições de exercícios a partir da sua avaliação física pois são variadas e individuais as causas da hiperlordose lombar.
Portanto, um exercício pode ser prescrito para um aluno e restrito para outro, como exemplo, uma pessoa com a patologia ocasionada por hérnia de disco entre as vértebras L4-L5 e L5-S1 com quadro de dor agudo dependente de movimento.
A pessoa deve iniciar seus exercícios com amplitude leve priorizando movimentos isométricos, aumentando a intensidade e complexidade do exercício progressivamente, à medida que o aluno tenha domínio sobre a dinâmica da atividade e os princípios preconizados pelo Métodos Pilates, para que não ocorra reagudização do quadro de dor e piora da lesão.
Já, se temos um aluno com o desvio em decorrência de deficiência postural, com dor leve e esporádica, sem alterações estruturais os exercícios prescritos serão realizados com outro tipo de complexidade.
De qualquer forma, como a hiperlordose se caracteriza por uma anteversão pélvica, tomar cuidado na realização de movimentos de hiperextensão de lombar sem estar com o controle e fortalecimento abdominal consolidado, com risco de gerar ou exacerbar síndromes lombo-pélvicas.
É imprescindível lembrar que a execução dos movimentos exige do aluno muita consciência corporal, por exemplo, controlar o centro de força enquanto realiza movimentos com os membros inferiores não é uma tarefa simples, ou seja, não é fácil relaxar determinadas regiões enquanto mantém tensão em outras.
Para o domínio na execução tanto praticante quanto instrutor têm que ter muita paciência e perseverança. Por isso o cuidado na avaliação e o bom senso do instrutor é de grande relevância para não exigir que o aluno realize movimentos compensatórios, durante o tratamento da hiperlordose.
Cuidados a serem tomadas durante o Tratamento da Hiperlordose
É de suma importância para o sucesso no tratamento da hiperlordose uma boa avaliação postural para prevenir e corrigir os desvios existentes.
Observando que uma postura boa é aquela que exige esforço mínimo da musculatura, articulações e ligamentos para se manter em posição ortostática, apresentando um alinhamento dinâmico dos segmentos corporais em variadas posições objetivando o melhor equilíbrio estático.
“O exercício, mesmo que se analiticamente aplicado, deve vincular-se ao conceito de globalidade do ato corretivo, que compreende o aspecto neuromuscular, anatômico-funcional e físico.” (TRIBASTONE, 2001)
Os exercícios devem ser bem orientados para que o aluno não utilize musculatura compensatória na realização dos movimentos, no tratamento da hiperlordose.
Recordando que a educação acerca da postura e do movimento abrangem amplas atividades, conforme Hall e Brody (2001) descrevem:
- Aconselhamento sobre ergonomia das estações de trabalho e mecânica do corpo.
- Posturas sentadas e recursos ergonômicos (por exemplo, apoios lombares).
- Autocontrole no que se refere ao posicionamento certo para aliviar os sintomas.
- Aconselhamento dos padrões apropriados de postura e movimentos durante as atividades de vida diárias, tanto simples como instrumentais.
Ao aplicar o Método Pilates no tratamento da hiperlordose deve-se levar muito em consideração os princípios desta técnica, como a fluidez. Conforme Siler (2008) os movimentos não devem ser rápidos e abruptos.
A importância está em sentir os movimentos suaves e fluidos, mas em constate dinâmica. Assim, não correndo o risco de provocar lesões em decorrência de movimentos bruscos.
Lembrando também do cuidado na execução precisa dos movimentos (a fim de não haver gastos desnecessários de energia), a centralização no “powerhouse” (deixando a musculatura bem trabalhada para evitar sobrecarga na região lombar), a concentração mantendo o máximo de atenção nos movimentos executados (para evitar lesões).
Além da respiração (para manutenção adequada da circulação sanguínea), e o controle (atingindo a execução ideal dos exercícios), pois como sugeria Joseph Pilates: “A contrologia começa no controle mental sobre os músculos”.
Concluindo…
Na frase atribuída à Joseph Pilates: “Uma boa postura pode ser adquirida com sucesso somente quando todo o mecanismo do corpo está sob um controle perfeito. O caminho segue como uma coisa natural”, percebemos o quanto a técnica é eficaz no tratamento de desvios posturais, pois atua na musculatura de forma harmônica trabalhando o ser em sua totalidade.
Dentro deste contexto notamos a preocupação que Joseph teve em elaborar uma técnica de grande abrangência. No entanto, não adianta aplicar os exercícios sem conhecimento técnico das patologias, pois se aplicada inadequadamente pode prejudicar o sistema do indivíduo a curto e longo prazo.
Nota-se que em decorrência do atual estilo de vida a procura pelo método é cada vez mais frequente considerando que a atividade traz benefícios ao bem-estar e qualidade de vida em pessoas de todas as idades e gêneros.
Segundo Dillman (2004) o simples motivo do Método Pilates, estar se tornando cada vez mais popular é o fato de que ele funciona, priorizando áreas do corpo de fundamental importância para estética e funcionalidade.
Sendo assim, torna-se imprescindível as constantes atualizações dos instrutores para um atendimento de qualidade durante o tratamento da hiperlordose.
Espero que este artigo tenha auxiliado no esclarecimento de algumas características desta patologia que cada vez mais está presente nos consultórios médicos e em nossos estúdios de Pilates.
Referências Bibliográficas
-
BARBOSA, Jorge; FILIPE, Fernanda; MARQUES, Elsa; SANCHO, Joaquim. Hiperlordose Lombar. Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, Lisboa, v. 20, n. 2, 2011.
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CAMARÃO, T. Pilates no Brasil: Corpo e movimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
-
DILLMAN, E. O Pequeno Livro de Pilates: Guia Prático. Rio de Janeiro: Record, 2004.
-
HALL, Carrie M.; BRODY, Lori Thein. Exercício Terapêutico: Na Busca da Função. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
-
KENDALL, P.F.; MC CREARY, E.K.; PROVANCE, P.G. Músculos, Provas e Funções. 4ºed. São Paulo: Manole, 1995.
-
SILER, B. O Corpo Pilates: Um Guia para Fortalecimento, Alongamento e Tonificação Sem o Uso de Máquina. Tradução Ângela dos Santos São Paulo: Summus, 2008.
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TRIBASTONE, F. Tratado de Exercícios Corretivos Aplicados à Reeducação Motora Postural. Tamboré: Manole, 2001.
EXCELENTE ARTIGO