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Como já havia comentado em outras matérias durante a gestação ocorrem inúmeras alterações fisiológicas, biomecânicas e psicológicas.

E por esse motivo devemos conhece – las muito bem para que, na hora de praticar Pilates na gestação, o instrutor escolha os exercícios adequados e exclua os contraindicados, para sempre manter a segurança e responsabilidade.

O Período de GestaçãoPilates-na-gestação-3

Desde o primeiro teste positivo já se iniciam as primeiras alterações no corpo desta mulher, normalmente no primeiro trimestre algumas sentem indisposição, náuseas e muito sono.

Esta fase é muito delicada, onde apesar de não existir os sinais físicos da gestação, já está presente o hormônio que conhecemos como relaxina.

Que só para relembrarmos é o responsável pela hiperfrouxidão ligamentar, e vai atuar principalmente na pelve para acomodar o bebê e preparar para o momento do parto.

Portanto as gestantes que tiverem a liberação médica para praticarem desde o primeiro trimestre, que geralmente, são as alunas que já praticavam o método Pilates e descobrem que estão grávidas.

No segundo trimestre, que é a partir das doze semanas, normalmente é nesta fase que a grande maioria tem a liberação médica e inicia a prática do método.

Nesta fase elas estão muito dispostas, mas temos que continuar com os cuidados.

Pilates na GestaçãoPilates-na-gestação-4

Para as alunas no primeiro trimestre de gestação, devemos manter o ritmo dos exercícios que ela estava habituada, evitando:

  • Inversões
  • Saltos no Reformer
  • Isometrias por tempo prolongado
  • Os alongamentos excessivos (as não ser que você já conheça a flexibilidade anterior da sua aluna) .

Durante o segundo trimestre,  a barriga começa a crescer, mas ainda bem tímida, normalmente as alunas ainda conseguem ficar em decúbito ventral, até 16 semanas, porém não por um tempo prolongado.

Com as alunas que já eram praticantes, normalmente é mais fácil a prática de Pilates na gestação, pois o entendimento dos princípios e alinhamentos, e a manutenção dos exercícios praticados.

Com as iniciantes e geralmente sedentárias, devemos enfatizar o treino dos princípios e explicar a importância dos mesmos.

Portanto devemos aproveitar essa fase de muita disposição, mas sem esquecer dos cuidados.

Contraindicações durante a prática de Pilates na GestaçãoPilates-na-gestação-6

Em minha opinião, durante a prática de Pilates na gestação, eu contraindico exercícios em que exigem muita força de sustentação, como por exemplo, algo que vejo bastante, que são os suspensos no Cadillac.

Por mais que essa gestante tenha um bom controle e resistência, na gestação podem ocorrer influências que ela não espera, e o que antes ela tinha muita facilidade para executar, pode levá – la a queda, por um pequeno descuido.

Outro posicionamento que acredito ser totalmente contra – indicado durante a prática de Pilates na gestação, são as posições invertidas (de cabeça para baixo), já vi e ouvi falar de muitas pessoas que fizeram até 32 semanas de gestação e que não aconteceu nada, mas penso assim, qual seria o benefício?

Devemos ter cuidado também com os exercícios que apoiem o peso sobre os punhos. Devido à hiperfrouxidão ligamentar causada pela relaxina.

Isso não significa que não devem utilizar os exercícios e sim que não podemos utilizar muitos exercícios seguidos nesta mesma posição, e sempre que realizarmos exercícios com os membros superiores, devemos cuidar para que ela mantenha o posicionamento neutro do punho, ou seja, sem flexão ou extensão durante os movimentos.

As isometrias prolongadas também devem ser evitadas, pois podem levar ao aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, o que não seria interessante para as gestantes.

Quando eu falo ISOMETRIA seria me referindo a exercícios como a prancha de quatro apoios mantida, que é um exercício que exige de muitos grupos musculares ao mesmo tempo.

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O decúbito dorsal é um posicionamento que falamos bastante sobre o cuidado, principalmente no final do segundo trimestre. Segundo a literatura, nesta posição o bebê fica pesando sobre a veia cava, prejudicando a circulação e consequentemente a nutrição do bebê.

Na verdade, a literatura diz para que não ultrapassar mais do que cinco minutos nesta posição, mas em minha experiência clínica, por volta de 25 semanas ou mais eu continuo utilizando o decúbito dorsal por um tempo maior, porém com a utilização de uma cunha de posicionamento para elevar o tronco e assim evitara compressão da veia cava.

O mesmo vale para o decúbito lateral direito, os exercícios em decúbito lateral são importantes de serem executados por essas gestantes, mas como devemos realizar de ambos os lados, podemos realizar uma sequência menor de exercícios antes de trocar o lado.

Algumas gestantes relatam formigamento em membro inferior, assim que ficam nesta posição, nestes casos, devemos evitar e encontrar outras formas de trabalhar estes grupos musculares.

Os exercícios de rolamento para cima e para trás (roll up/roll over) devem ser evitados, principalmente a partir do segundo trimestre, porém já não são tão indicados desde sempre, devido a grande exigência da musculatura abdominal.

Pois mesmo que a barriga ainda não esteja muito grande, este tipo de movimento vai aumentar a pressão intra-abdominal, o que não é recomendado para as gestantes, que pode ter uma consequência importante para o assoalho pélvico e para o risco de diástase dos retos abdominais.

Assim como as famosas flexões de tronco, ou abdominais tradicionais, que também vão aumentar muito essa pressão intra-abdominal.

Esse aumento da pressão pode empurrar o assoalho pélvico que já estará enfraquecido devido às ações hormonais e posteriormente o peso do bebê.

Os exercícios que exigem muito equilíbrio, também devemos refletir sobre quando utilizar. Não seria totalmente contraindicado, porém, vamos lembrar-nos da instabilidade pélvica causada pelo efeito da relaxina sobre essa região, que vai dificultar bastante o equilíbrio, aumentando ainda mais o risco de quedas.

Portanto se tivermos uma aluna que tenha mais facilidade, ou que já era mais treinada, podemos utilizar esse tipo de exercícios, mas com muito cuidado sempre.

Concluindo…Pilates-na-gestação-1

O que temos que pensar prioritariamente com esse grupo especial de alunas, que são as gestantes, é o que eu tenho como objetivo durante essas semanas que elas estarão sob os nossos cuidados, ou seja, a cada escolha de exercício é parar e pensar, qual é o objetivo deste movimento?

Em que ele estará contribuindo para a condição desta minha aluna?

Portanto a mensagem que quero que vocês gravem desta matéria é: não devemos pensar apenas “ah, mas fazer isso não vai fazer mal para ela”. E sim o quanto vai fazer bem para manter os objetivos traçados no início dos trabalhos.

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Patrícia de Andrade Valeriano

Fisioterapeuta e Instrutora de Pilates na WP Pilates & Saúde

Integrante do grupo das idealizadoras do Projeto Mamãe Saudável 

Responsável pelo curso de Pilates para Gestantes


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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