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Atualmente 5,4 milhões de brasileiros sofrem com hérnia de disco e muitas vezes confundida com a dor no nervo ciático, essa patologia representa 90% dos problemas relacionados à coluna, sendo que os outros 10% estão associados à má postura, tumores e fraturas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste texto, vamos abordar como o Pilates pode ser um grande aliado ao Treinamento Funcional para Hérnia de Disco. Confira a seguir!

A hérnia de disco lombar é considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores. Estima-se que 2 a 3% da população seja acometida desse processo, cuja prevalência é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos.

A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior (mais frequentes). Das hérnias de disco lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5 e as hérnias discais lombares mais comuns são as paramedianas e colateral direita ou esquerda.

E você sabe como fazer um tratamento com o Método Pilates? Aqui você vai encontrar dicas para unir o treinamento funcional para hérnia de disco e resolver esse problema comum em muitos alunos.

Sobre a Hérnia de Disco Lombar

Considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores, a hérnia de disco lombar é a passagem parcial ou total, de um órgão ou formação anatômica, através de um orifício patológico, fora de sua localização normal.

Estudos recentes demonstraram que, a partir dos 25 anos, as fibras do anel fibroso começam a degenerar, podendo produzir rachaduras em suas diferentes camadas. Assim, sob uma pressão axial, o núcleo poderia passar através das fibras do anel.

São fatores de risco, causas ambientais, posturais, desequilíbrios musculares e possivelmente, a influência genética. Fatores de risco ambiental têm sido sugeridos, tais como hábitos de carregar peso, dirigir e fumar, além do processo natural de envelhecimento.

Estima-se que 2 a 3% da população sejam acometidos desse processo, cuja prevalência é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. Em 76% dos casos há antecedente de uma crise lombar, uma década antes (Bell et al., 1984; Della-Giustina,1999).

A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior (mais frequentes). Das hérnias discais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5.

As hérnias discais lombares mais comuns são as paramedianas e colateral direita ou esquerda. Provavelmente pela localização do núcleo e pela mobilidade da região lombar, os primeiros 50 a 60 graus de flexão da coluna ocorrem na lombar, principalmente nos segmentos inferiores. 

Com a degeneração do disco intervertebral ocorre uma diminuição da capacidade do disco de suportar cargas.

Como o Pilates ajuda no Treinamento para Hérnia de Disco?

Primeiramente, temos que refletir: O que você acha mais importante: a dor, o diagnóstico ou a causa do problema? 

Quando uma pessoa chega para você, instrutor, com a imagem de raio x, é preciso deixar claro que só olhando para a imagem, não é possível identificar como a pessoa é, qual é o seu físico, se é obesa, encurtada ou tem alguma patologia, por exemplo.

O grande problema é relacionar o raio x ou a própria hérnia em si com dor. Nem sempre o diagnóstico está relacionado.

Você já deve ter escutado falar: “Ah, falaram que eu tenho uma coluna de 90 anos”. Isso não é verdade! Só raio x não quer dizer nada.

Há tantos fatores intrínsecos e extrínsecos que podem causar a Hérnia. Os extrínsecos podem ser: uma carga normal em uma estrutura normal, a pessoa tem um problema genético e acaba tendo hérnia, por mais que ela não faça muito esforço.

Quando as pessoas são diagnosticadas com hérnia, elas escutam que não devem realizar uma série de movimentos, e muitos alunos perguntam: “Quais movimentos eu não posso realizar?” E eu respondo: “Nenhum!”.

Sabe por quê? Nem sempre a hérnia vai doer só na hora que toca o nervo. Mas mesmo assim, sabe por que não pode evitar nenhum movimento? Porque precisamos preparar o corpo dessas pessoas para realizar os movimentos e conseguir se movimentar adequadamente para sua rotina.

Por exemplo, como você vai falar para uma mãe que ela não pode realizar o movimento de rotação para trás para ver o bebê no banco traseiro? Ou para uma senhora que não pode fazer inclinação lateral?

Já as principais causas de dor e hérnia intrínsecas são: hiperativação ou inibição da musculatura superficial, desequilíbrio articular ou ligamentar (exemplo: uma falta de mobilidade torácica) e falha na ativação da musculatura profunda.

As aulas de Pilates e o Treinamento Funcional para Hérnia de Disco

Para fazer uma aula direcionada ao tratamento e treinamento funcional para hérnia de disco lombar é necessário trabalhar o músculo Psoas. 

Por ser uma musculatura que normalmente está encurtada, consequentemente ela fica fraca. Por isso, trabalhar o fortalecimento e alongamento desta musculatura é de extrema importância, para se ter uma eficiência maior.

E como posso testar a força do Psoas?” Há duas formas, a primeira você pede para seu aluno segurar a perna flexionada contra a barriga com as mãos. Em seguida ele deve soltar as mãos e continuar com a perna. Se logo que soltar o aluno arriar o quadril, pode se concluir que não tem força.

A segunda forma de medir é pedindo para a pessoa apoiar o pé em cima de uma estrutura onde o joelho fique em cima da linha do quadril. Depois disso, você pede para ele levantar sem fazer a flexão lombar. Se conseguir segurar o Psoas está ok, caso contrário está fraco.

Trabalhar o quadrado lombar é importante para alongar e diminuir a dor. Com um disco de equilíbrio, é possível que o instrutor auxilie o aluno para sentar em cima e se mover de um lado para outro.

Outro exercício para trabalhar o quadrado lombar é com uma faixa elástica presa em uma superfície. Você prende o pé e deita, faz a flexão com a perna do pé preso para cima e para baixo.

Acredito que muitos já ouviram a frase: “Quando tem dor, vamos fazer repouso”. Mas você conhece alguém que melhorou em repouso? Não! Só vai melhorar enquanto não “arrumar” seu corpo, e para isso é preciso fazer exercício.

Dica: Se o aluno chega com muita dor, deixe-o deitado e só trabalhe a respiração por 10 a 15 minutos. Depois desse período, introduza exercícios de mobilidade e consciência corporal.

Lembrando, você precisa ativar a musculatura profunda, o transverso e multífidos. É importante trabalhar o transverso de forma contraída e dinâmica, para sentir o músculo e pedir que seu aluno realize alguns movimentos como ponte, elevação da perna e flexão de tronco.

É muito comum, quando a pessoa tem dor, trabalhar a flexão de tronco exageradamente, porque com essa flexão a pessoa tem um padrão em retroversão. Porém na hora que você faz muita flexão de tronco sem ativar o transverso, pode machucar a lombar.

Uma dica de ativação de multífidos: Coloque a Psoas deitada de barriga para baixo e peça para posicionar a mão na região da multífidos, e sinta ele trabalhando. Como? Você vai pedir para fazer a movimentação do quadril, e então oriente seu aluno que faça esse movimento sem mexer nada.

É preciso trabalhar a ativação da musculatura profunda, porque isso separa as vértebras, e aumenta o espaço muscular, essencial para quem está com dores nessa região.

Treinamento Funcional para Hérnia de Disco

Antes de fazer o exercício, nós temos engrenagens que trabalham juntas: O sistema nervoso central e estabilizadores estáticos, passivos e ativos.

O estabilizador estático passivo em uma pessoa com hérnia está com problema, então é preciso utilizar as outras duas engrenagens para fazer essa primeira voltar a funcionar.

Sendo assim, fazemos um modelo de tratamento, e de como vamos abordar e trabalhar as pessoas com dor.

Ele é feito da seguinte forma:

  • Proteção da coluna – primeiro precisamos proteger o corpo todo para conseguir me movimentar;
  • Reorganizar a parte articular;
  • Melhorar a consciência corporal;
  • Reprogramar a musculatura superficial/ neural;
  • Melhorar a amplitude de movimento.

Minhas dicas de exercício são:

1. Breathing

Treinamento Funcional para Hérnia de Disco

Objetivos: Estabilização segmentar, treino cognitivo. Ensinar e treinar com o aluno a respiração do Pilates.

Instruções:

1- Em decúbito dorsal no MAT, mãos apoiadas na altura das costelas;
2- Inspire, deixando as mãos acompanhar a respiração e a movimentação da caixa torácica;
3- Expire e vá abaixando as costelas e contraindo o abdômen.

Variações: Para aumentar o grau de dificuldade, pode-se realizar esse exercício com os MMII em flexão de quadril e joelhos a 90º e com o magic circle entre os joelhos.

2. Swan no Cadillac

Swan no Cadillac

Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão, estimular o movimento de extensão e fortalecer paravertebrais e multífidos.

Instruções:

1- Ajoelhado no cadillac com o tronco apoiado sobre uma bola suíça;
2- Mãos na barra torre;
3- Na expiração realizar o movimento de extensão de tronco.

Podemos começar apenas fazendo isometria mantendo a posição, e depois realizando os movimentos. Isso vai depender do quadro álgico e da consciência corporal do aluno.

3. Mobilização lombar com overball
Mobilização lombar com overball

Objetivos: Mobilizar a coluna lombar e pelve.

Instruções:

1- Em decúbito dorsal no MAT, colocar a overball murcha entre a lombar e o glúteo, na região do sacro;
2- Inspire e na expiração, realize o movimento de retroversão pélvica. Pode-se realizar também o movimento do relógio com a pelve nos sentidos horário e anti-horário.

4. Leg Pull Back

Leg Pull Back

Objetivos: Fortalecer os músculos paravertebrais, tríceps braquial, ancôneo, deltóide médio e posterior, quadríceps, glúteo médio e mínimo, iliopsoas, sartório, pectíneo e tensor da fáscia lata.

Instruções:

1- Em posição supinada, deixe as mãos apoiadas ao MAT e as pernas unidas;
2- Retire o quadril do chão estendendo a coluna e retorne.

Dicas e cuidados:

  • Para proteger os punhos o aluno pode utilizar uma ventosa;
  • Alinhe ombros, cotovelo e punho;
  • Tronco ereto;
  • Cuidado para o aluno não realizar flexão de tronco.

Conclusão

A partir de agora é com você! Tente aplicar todas essas dicas em suas aulas de Pilates e consiga obter a maior reabilitação para seu aluno/paciente, através do treinamento funcional para hérnia de disco. Tratar e cuidar dessa patologia é importante, por isso você como instrutor tem muita responsabilidade!

Para mais dicas e informações sobre patologias e reabilitação, continue acompanhando o Blog Pilates e todos os nossos textos.

E você, já cuidou de algum paciente com essa disfunção? Como se sucedeu o treinamento funcional para hérnia de disco? Conta para a gente nos comentários qual foi o resultado obtido.


























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