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Muitos pacientes chegam até o Studio apresentando alguma alteração no joelho, seja unilateral ou bilateral.

Tais alterações tem um impacto significativo na qualidade de vida do aluno, visto que se trata de uma articulação constantemente utilizada.

Seja no ortostatismo, na marcha, ao sentar e levantar, isto é, está diretamente ligada à funcionalidade.

Tendo em vista que se trata de uma articulação extremamente importante e complexa, suas alterações podem ocorrer em diversos componentes da mesma.

É justamente sobre isto que esse texto irá tratar. Como atender seu aluno com qualidade quando o mesmo apresenta alguma patologia de joelho? Continue lendo para descobrir!

O que vou aprender neste artigo?

  • Principais Patologias e Lesões do Joelho
  • Quais formas de Reabilitação do Joelho?
  • Como o Método Pilates Pode Auxiliar no Tratamento
  • Restrições de Exercícios Para Pacientes Com Lesões no Joelho
  • Cuidados Que Devem Ser Tomados Durante o Tratamento da Reabilitação do Joelho do Seu Aluno

Principais Patologias e Lesões do Joelho

Por ser uma articulação complexa e amplamente requisitada nas AVD’s, o joelho pode sofrer uma diversidade de alterações funcionais. Neste artigo iremos citar as mais comuns.

  • Lesão no LCA (Ligamento Cruzado Anterior): Essa patologia é mais comum em homens que praticam algum esporte de contato associado ao salto (futebol e basquete, por exemplo). Ela apresenta diferentes gravidades e o tratamento varia de acordo com o grau, podendo ser conservador ou cirúrgico.

É importante ressaltar que caso seu aluno te informe na avaliação que já realizou a reabilitação do joelho pós-lesão.

Ou que escolheu o Pilates como tratamento conservador, seu atendimento deve ser realizado com eficiência.

Pois caso o tratamento seja falho, o aluno pode vir a sofrer desgaste meniscal, devido à maior instabilidade articular pós-lesão.

  • Lesão traumática do menisco medial: Por estar mais associado a outras estruturas, como o LCA e o LCM, e por ser menos móvel, o menisco medial é mais lesionado traumaticamente.

Seu tratamento irá depender do tamanho e local da lesão, visto que quando mais medial for a lesão no menisco (zona branca), menor a irrigação sanguínea da região.

Quanto mais lateral (zona vermelha), maior a irrigação sanguínea e maior a chance de recuperação após reparo cirúrgico.

  • Tendinite patelar: Comum em esportes que envolvam desaceleração e salto, afeta corredores, jogadores de basquete, jogadores de vôlei, etc. É causada principalmente pelo esforço repetitivo sobre o tendão do quadríceps femoral (microtraumas contínuos).

Os fatores de risco são peso corporal aumentado, geno varo e geno valgo, maior ângulo Q do joelho, patela alta, diferença no comprimento dos MMII e encurtamento das cadeias musculares, principalmente da posterior.

  • Condromalácia patelar: Com maior incidência nas mulheres, a condromalácia patelar consiste na degeneração da cartilagem da mesma. Causando dor durante a flexão do joelho e crepitação. É causada por instabilidade articular, aumento do ângulo Q, encurtamento de isquiotibiais, entre outros.
  • Gonartrose: Acomete, em sua maioria, indivíduos com idade a partir de 51 anos, do sexo feminino. Consiste na degeneração progressiva da articulação do joelho (patelofemoral e/ou femorotibial), associada com a sobrecarga da cartilagem, devido ao envelhecimento fisiológico, sequelas traumáticas, por desvios axiais ou por instabilidade ligamentar.
  • Degeneração meniscal: maior incidência em pacientes que apresentam uma deficiência ligamentar, geralmente associado à lesão ligamentar prévia. A degeneração meniscal leva a dor (principalmente em movimentos em CCF), crepitação e diminuição da mobilidade.  

Quais formas de Reabilitação do Joelho?

Por se tratar de uma articulação composta por várias estruturas, e que é muito requisitada no cotidiano do seu paciente, tanto em CCA quanto em CCF.

A reabilitação do joelho será de acordo com a patologia e com a avaliação que foi realizada com seu cliente.

Lesões ligamentares são preferencialmente tratadas em CCF, dependendo da condição do paciente e da idade da lesão, pois a CCF confere maior estabilidade articular.

Caso seu aluno esteja na fase crônica da reabilitação do joelho, sem apresentar grandes falseios, ou você tenha ciência da angulação de proteção, a CCA pode ser realizada sem maiores intercorrências.

Falaremos mais adiante sobre a angulação de proteção do LCA em cadeia cinética aberta.

A reabilitação da tendinite patelar deve ser realizada na fase sub-aguda ou crônica, evitando-se o treinamento muscular durante a fase aguda. Deve-se incluir exercícios excêntricos para direcionamento correto do colágeno.

Agachamentos unilaterais que priorizem a fase excêntrica do exercício podem ser realizados sobre uma rampa de até 25º, visando a maior ativação do quadríceps.

Alongamentos de isquiotibiais também são importantes, visto que o encurtamento deste grupo muscular gera predisposição à tendinite patelar.

É importante evitar também exercícios em que o paciente fique apoiando sobre os joelhos, pois podem gerar desconforto. O instrutor pode também indicar crioterapia para casa, para potencializar o tratamento.

Já a reabilitação do joelho meniscal, tanto traumática quanto degenerativa, e a reabilitação do joelho nos casos de gonartrose.

Devem priorizar exercícios isométricos, estabilizadores de MMII e exercícios isotônicos em cadeia cinética aberta, visando a diminuição da sobrecarga articular.

Os exercícios em cadeia cinética fechada devem ser indicados com cautela e observando a carga e angulação, para não sobrecarregar a articulação que já apresenta alterações funcionais.

Exercícios em que o paciente é obeso e adota a postura unipodal também devem ser utilizados com cuidado, visto que aumentam significativamente a sobrecarga no joelho de apoio.

A condromalácia patelar sofre grande influência pelo encurtamento dos isquiotibiais, e pelo desalinhamento de forças do vasto lateral em relação ao vasto medial oblíquo.

Sendo assim, é importante que o profissional dê ênfase a estas alterações. A reabilitação do joelho consiste em diminuir o processo inflamatório, a dor e reestabelecer a funcionalidade do tendão.

De forma geral, a ênfase no fortalecimento dos músculos estabilizadores de MMII, e de centro, têm resultado extremamente satisfatório nas patologias do joelho, independente se são lesões traumáticas ou degenerativas.

Como o Método Pilates Pode Auxiliar no Tratamento

Por se tratar de um método onde os exercícios serão voltados para a individualidade do paciente, com cargas e execução controlada pelo profissional.

O Pilates tem um resultado extremamente satisfatório quando observados as contraindicações de cada patologia.

Sendo assim, se um paciente apresenta degeneração meniscal, cartilaginosa.

Ou seja, articular em geral, é muito importante que, você como profissional, indique os exercícios que são adequados a este tipo de alteração.

Lembre-se que aquele aluno confiou a sua necessidade aos seus cuidados, então, honre essa confiança oferecendo um tratamento de qualidade.

O tratamento global que o Pilates oferece, objetivando o ganho de força, principalmente estabilizadora.

E alongamentos necessários para a particularidade de cada cliente, tornam o Pilates um método seguro e eficaz para o tratamento das disfunções da articulação do joelho.

Ao seguirmos os princípios do método, estamos entregando um atendimento de maior qualidade e resultado para o aluno.

Visto que estaremos exercitando não somente a articulação afetada, mas o corpo do paciente como um todo.

Restrições de Exercícios Para Pacientes Com Lesões no Joelho

O paciente com disfunções no joelho é um tipo de cliente que nos traz muita satisfação ao tratar.

Pois conforme a evolução e a consequente melhora nas atividades de vida diária do mesmo, ele se torna mais motivado durante as aulas.

Mas, esta motivação consequente da evolução deve ser controlada, para que não sejam indicados exercícios além da capacidade daquele paciente, podendo levar o mesmo a dor após a aula.

Algumas restrições de exercícios devem ser notadas pelo profissional, de acordo com a patologia apresentada pelo paciente.

Por exemplo, pacientes que apresentam lesão do LCA recente, com menos de oito semanas, devem evitar os exercícios em cadeia cinética aberta.

Ou então, estes devem ser executados na angulação de proteção 90º a 45º, pois de acordo com Fukuda (2013), não há estresse no ligamento.

A prancha também deve ser usada com cautela ao atender pacientes pós-lesão de LCA, visto que aumenta consideravelmente a pressão no ligamento.

Na gonartrose, na condromalácia e na tendinite patelar, é importante que o instrutor evite exercícios de apoio no joelho, visto que muitos pacientes sentem dor quando descarregam peso diretamente na articulação.

Caso seu paciente tenha tido uma lesão traumática de menisco e tenha sido submetido a uma sutura meniscal.

É importante que os exercícios em cadeia cinética fechada sejam evitados até a 4ª semana, e que a amplitude total de flexão de joelho seja evitada até o 3º mês de pós-operatório.

Sendo assim, indica-se que agachamentos profundos, por exemplo, sejam executados somente após esse período de tempo.

Você pode estar se perguntando: “Dicas de pós-operatório para Pilates?”. Pois é, caro instrutor, muitos pacientes após receberem alta da fisioterapia, buscam continuar o tratamento com o Pilates.

Sendo assim, é importante que você tenha ciência destas informações, para que possa atender seu aluno com maior segurança.

Evite pedir agachamentos profundos também para pacientes com lesões degenerativas, tal como a gonartrose e a degeneração meniscal.

Pois, caso a musculatura estabilizadora não esteja fortalecida adequadamente, seu aluno irá sentir dor nos dias subsequentes e poderá até mesmo diminuir sua motivação a comparecer às aulas.

Cuidados que Devem Ser Tomados

É extremamente relevante que o instrutor realize a avaliação de forma adequada para que as aulas consigam suprir as necessidades por ele apresentadas.

Pois, dois pacientes com disfunções no joelho podem apresentar sintomatologias diferentes, sendo assim, carecem de atendimentos diferentes. Não existe receita de bolo a ser seguida.

Não deixe que a melhora do seu aluno te faça esquecer da patologia de base que ele possui. Não entendeu? Deixa eu te explicar melhor.

Muitas vezes, após uma evolução significativa do nosso aluno, esquecemos que o mesmo ainda possui restrições baseadas na sua patologia.

Motivados pela melhora, muitos instrutores solicitam ao aluno, exercícios que não são indicados para as disfunções da sua articulação.

Por exemplo, uma aluna de 40 anos, relativamente jovem, que apresenta degeneração na cartilagem femoral, não se queixa mais de dor após um certo tempo de tratamento.

Seu instrutor pede a ela para realizar um agachamento com maior amplitude, e o que acontece?

No dia seguinte ela liga para seu Studio reclamando de dor novamente, dizendo que teve que se medicar contra a dor.

Por isso é tão importante termos em mente as restrições que aquele aluno apresenta. Você deve estimular o seu aluno a evoluir sempre, mas cuidado para não se empolgar demais!

De um modo geral devemos nos atentar com o posicionamento correto dos membros inferiores em relação ao quadril do paciente, não perder o crescimento axial, evitar exercícios que gerem sobrecarga no joelho do paciente.

Como por exemplo, os que vocês ficam de joelhos ou com uma flexão muito prolongada da articulação.

Períodos maiores de descanso entre um exercício e outro para que esta musculatura não estresse, observar o ângulo articular, não permitindo que seu paciente faça hiperextensão do joelho.

Evite a extensão completa e a flexão completa, observe sempre, não permita que seu aluno sinta dor.

Lembrando também que este paciente não é só um ¨joelho¨ ele é um ser humano que precisa ser avaliado como um todo.

Seja em postura estática ou dinâmica. Sua correta ativação e posicionamento que vão fazer toda a diferença e cabe a você corrigir.

Concluindo…

Clinicamente já é possível constatar a eficiência do método Pilates no tratamento das patologias do joelho.

Sendo assim, resta ao instrutor se capacitar para que consiga oferecer um tratamento adequado e seguro para a alteração funcional apresentada pelo aluno.

É importante também que o profissional não foque apenas na articulação do joelho, visto que a eficiência do fortalecimento global, e principalmente de centro, já está mais do que comprovada.

Sendo assim, ficam aqui nossas indicações e sugestões para aperfeiçoar seu atendimento.

E você, já teve alguma experiência boa ou ruim ao atender um paciente com patologia no joelho? Conta para gente nos comentários!


























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