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Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de Hérnia de Disco.

Esta patologia pode acometer qualquer um dos discos vertebrais, sendo mais comum na região lombar, seguida da região cervical.

O Método Pilates atualmente é utilizado para prevenir as causas da Hérnia de Disco e também para tratá-la, tendo como um dos objetivos restabelecer o equilíbrio muscular e, consequentemente, o bom funcionamento do corpo, além de proporcionar o condicionamento físico ou até mesmo complementar um programa de reabilitação.

Para conhecer todas as causas da Hérnia de Disco e como o Pilates atua em seu tratamento, continue lendo esta matéria!

Anatomia da coluna vertebral

A coluna vertebral é constituída por um conjunto de vértebras que se divide em quatro regiões:

  • Cervical (sete vértebras);

 

  • Torácica (doze vértebras);
  • Lombar (cinco vértebras);
  • Sacral (cinco vértebras fundidas).

 

Cada vértebra é separada entre si por uma estrutura denominada de disco intervertebral. Estes discos são formados por:

  • Anel fibroso (parte periférica): formado de camadas concêntricas que envolvem o núcleo pulposo. É essa característica que garante o suporte do conteúdo central, pois o mantém sob pressão constante;

 

  • Núcleo pulposo (parte central): caracterizado por uma estrutura maleável, uma vez que é constituído, em sua maior parte, de água. Dessa forma, é ele quem permite o movimento adequado da coluna em cada nível vertebral (esses movimentos ocorrem através de deslizamento das vértebras), como também amortece os impactos gerados sobre a coluna.

 

Resumidamente, pertence ao núcleo pulposo a função principal de suporte de cargas, uma vez que ele absorve bem mais as cargas que passam pelos discos intervertebrais, do que o anel fibroso, que assume a função básica de contenção do núcleo.

A coluna vertebral é uma estrutura complexa, que tem como função proteger a medula espinhal, além de permitir força, sustentação e equilíbrio corporal. O segmento vertebral é composto pelos corpos vertebrais, disco intervertebral e os tecidos moles associados, sendo eles:

  • Ligamentos: estruturas fibrosas cuja função está relacionada à estabilidade intrínseca das vértebras na sua posição natural (Rubinstein, 2010);

 

  • Músculos: responsável por promover e controlar os movimentos vertebrais, provendo sustentação ao tronco;
  • Biomecânica: a natureza fluida do núcleo permite que ocorra a deformação sob pressão. Em discos saudáveis a expansão radial do núcleo é mínima.

 

O ângulo fibroso normalmente é tão forte que ele resiste a qualquer tendência do disco de se projetar radialmente. Portanto, quando está sujeito a carga, o núcleo tenta se deformar, mas é impedido radialmente pelo ângulo fibroso, assim como superiormente e inferiormente pela placa terminal cartilaginosa.

O que é a Hérnia de Disco?

A Hérnia de Disco é um processo em que ocorre a ruptura do anel fibroso e deslocamento do núcleo central do disco para os espaços intervertebrais.

Isso porque, com o passar do tempo, os discos intervertebrais vão perdendo a capacidade de suportar as cargas e as fibras do anel fibroso vão envelhecendo, degenerando e adquirindo aberturas em suas camadas, que permitem a migração do núcleo pulposo de seu local central para a periferia do disco.

A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas correspondentes à hérnia de disco. E, como resultado, o paciente apresenta sintomas como dor, parestesia, fraqueza muscular, entre outros.

Tipos de Hérnia de Disco

As hérnias de disco são classificadas de acordo com a gravidade e fase de desenvolvimento.

Abaulamento discal

É a fase inicial da patologia. O disco intervertebral começa a apresentar sintomas de envelhecimento e nas fibras do ânulo fibroso aparecem fissuras. O disco intervertebral geralmente está em forma de arco.

Protusão discal

Nessa etapa, o abaulamento do disco é mais proeminente, podendo atingir nervos, medula e saco dural. A doença está em uma fase mais avançada, normalmente acompanhada de algum grau de degeneração discal.

Extrusão discal

É a Hérnia de Disco propriamente dita. Há formação de uma extrusão do disco vertebral, contendo o núcleo pulposo envolvido em fibras do ânulo fibroso, que se encontra em estágio avançado de degeneração. A extrusão causa a estenose dos canais por onde passam os nervos. Pode ocorrer ainda compressão de outras estruturas nervosas, como a medula e o saco dural.

Sequestro ou fragmento

É a fase mais rara das Hérnias de Disco. Ocorre a ruptura total da parte herniada do disco intervertebral. O fragmento pode migrar dentro do canal para cima, para baixo ou para o interior do forâmen. Há possibilidade de compressão nervosa por esse fragmento, dependendo da sua localização.

As principais causas da Hérnia de Disco

Por ser uma condição de etiologia multifatorial, são várias as causas da Hérnia de Disco e de seu surgimento, sendo as principais:

  • Fatores hereditários e más formações congênitas;
  • Traumas de repetição no trabalho e no esporte;
  • Traumas diretos;
  • Hábito de fumar;
  • Idade avançada;
  • Obesidade;
  • Esforço intenso em flexão de tronco;
  • Hipotonia;
  • Alterações degenerativas;
  • Sedentarismo;
  • Trabalho físico pesado;
  • Postura de trabalho estática;
  • Inclinar e girar o tronco com frequência;
  • Atividades que exijam levantar, empurrar e puxar;
  • Trabalho repetitivo;
  • Vibrações.

Como o Pilates auxilia no tratamento da Hérnia de Disco?

Sabemos que a dor e a incapacidade provocam uma perda progressiva de força nos músculos estabilizadores da coluna de pacientes com Hérnia de Disco. Essa perda, por sua vez, causa mais dor e incapacidade, gerando um ciclo vicioso.

O Método Pilates possui diversos exercícios que, quando orientados e executados corretamente, quebram esse ciclo, principalmente por melhorar a força nos músculos do Power House, promover a estabilização da região da hérnia e contribuir para redução da dor e da incapacidade. Consequentemente, haverá a melhora da qualidade de vida e a redução de recidivas. 

Por isso, a estabilização da coluna vertebral é um dos eixos centrais para a prevenção e alívio da dor para os portadores dessa condição, o que faz com que o Pilates seja apontado como boa alternativa para prevenir as causas da Hérnia de Disco e também para tratar pacientes acometidos pela patologia.

Entre os objetivos do Método, destaca-se o de restabelecer o funcionamento ideal do corpo, o que possibilita que os movimentos sejam utilizados tanto como um exercício de condicionamento físico quanto como parte de um programa fisioterápico de reabilitação.

Sabemos também que os exercícios são capazes de proporcionar aumento de força e flexibilidade, além de melhorar o controle motor, a consciência e a percepção corporal.

Para pacientes com Hérnia de Disco, o tratamento com o Pilates é altamente recomendado para amenizar dores, melhorar a postura e reduzir curvaturas patológicas da coluna, bem como ganhar flexibilidade e também alinhamento corporal, que poderá ser desenvolvido a partir da consciência corporal, já que, com ela, o aluno passará a reduzir as sobrecargas e compensações indevidas em outras partes do corpo e desempenhar adequadamente suas próprias funções em harmonia e equilíbrio.

Outros pontos muito importantes para o tratamento da Hérnia de Disco são:

  • Controle: ensina ao praticante a realização de movimentos fluidos, corretos e livres de compensações;
  • Respiração: propicia uma melhora na biomecânica desses músculos, além de facilitar a estabilidade e auxiliar na contração do centro de força (Power House) e alongamento axial, que coloca o corpo em uma posição optimal, ou seja, ele posiciona as vértebras de forma que crie espaço entre elas, aumentando a eficiência do movimento e minimizando as forças destrutivas sobre o disco;
  • Centro de força: promove a ativação eficiente dos músculos estabilizadores multífidos (transverso do abdômen no caso da região lombar), que são essenciais para fornecer estabilidade ao tronco.

Como podemos perceber, o Pilates trabalha com princípios essenciais para a reabilitação ou até mesmo para as causas da Hérnia de Disco.

É importante lembrar que a mobilização tem influencia na difusão de água em um disco degenerado, enquanto a estabilização aumenta a capacidade dos pacientes em tolerar cargas em discos degenerativos e protegê-los de novas lesões.

Conclusão

A prática do Método Pilates é uma forma eficaz de prevenir as causas da Hérnia de Disco e também tratá-la.

Nas pessoas saudáveis, os exercícios promovem o equilíbrio muscular, a flexibilidade e a boa postura, prevenindo as desordens mecânicas que podem levar à hérnia de disco.

Para os pacientes portadores desta patologia também há inúmeros benefícios, já que os movimentos praticados nas aulas de Pilates podem promover o aumento dos espaços intervertebrais por meio do crescimento axial, do fortalecimento e alongamento muscular.

Além disso, o aprendizado da respiração correta e da ativação adequada dos músculos do Power House promovem a estabilidade da coluna, reduzindo a dor e a incapacidade funcional nesses pacientes e melhorando também a consciência corporal e a dissociação das cinturas, o que facilita o alinhamento correto da coluna e prevenindo recidivas no quadro doloroso.


























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