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Spine Stretch”, em livre tradução significa alongamento da coluna vertebral, faz parte de uma série de movimentos que mobiliza e alonga a coluna, principalmente em flexão e que pode ser explorada em várias direções. 

Estratégia benéfica amplamente utilizada no Pilates, contudo, muitas vezes inadequada e de forma aleatória. Biomecanicamente a coluna vertebral é capaz de fazer movimentos de flexão, extensão, flexão lateral, rotação e muitas combinações entre eles. 

O que se observa na prática é uma falta de elaboração da melhor estratégia para o aluno, sendo que é necessário respeitar a individualidade e demandas que ele está inserido no seu dia a dia. 

Existe um exagero em introduzir muitos movimentos de flexão para todos os alunos. Spine Stretch Forward, Forward Bend, Roll Over, Rolling Back e Hamstring na Chair são alguns exemplos. 

As flexões são importantes para nossa vida funcional, porém se o indivíduo sofre com esse tipo de carga e sobrecarga durante o dia inteiro pode ser que se gere um estresse nas estruturas com a repetição. 

Procure entender como a coluna do aluno responde melhor e, por isso, entender as cargas e sobrecargas que ele sofre é muito importante. 

Como o Spine Stretch pode melhorar a postura? 

Procure explorar o plano sagital, ou seja, flexão ou extensão. Partimos de um pressuposto que o aluno passa muito tempo sentado e com a coluna em flexão. Com isso acarretado a uma piora, mas quando fica de pé e/ou caminha dá alívio. Isso significa que a coluna prefere neste momento movimentos de extensão. 

O contrário também acontece, em que ficar muito tempo de pé alivia sentando, isso não é uma regra absoluta, mas também não quer dizer que não possa encontrar pessoas que passam muito tempo sentadas, em flexão, e que possam melhorar com flexão.

Com isso, o Spine Stretch pode ser utilizado com esse foco para aliviar o incômodo sentido pelo aluno em suas costas. 

Se isso gera alívio fazendo apenas uma vez, será que realizar outras vezes pode deixar mais aliviado? Não faz sentido fazer o Spine Stretch apenas uma vez, enquanto o aluno fica sete horas sentado e não chega ao equilíbrio nunca.

Uma boa estratégia que envolve extensão de coluna seria iniciar com o The Swan, começando o movimento auxiliado com os braços depois evoluírem as cargas para ativação mais direta da musculatura paravertebral. 

O movimento é sempre benéfico, só precisamos definir as melhores estratégias e na melhor dose. 

Qual estratégia utilizar em casos de dores de coluna? 

Supondo que a melhor estratégia para se usar no Spine Stretch no momento é a extensão. 

Então, o correto é explorá-la inicialmente em uma proporção bem maior que as flexões e com uma melhora do aluno e aproximar mais essas proporções, mas lembrando que sempre as extensões irão prevalecer para manutenção do equilíbrio das cargas na coluna.

Após definir a estratégia inicial é preciso dosá-la. Por exemplo, se tenho um remédio e tomo uma dose excessiva vira veneno, mas caso seja uma dose baixa não se chega ao benefício. 

Muitas vezes não se erra na estratégia, mas sim na dose dela. Por isso também é importante entender sobre as tensões neurais envolvidas no movimento. 

Não conseguimos separar as estruturas, logo os nervos também estão em movimento. Gerar muita tensão neural em momentos mais sensíveis pode ocasionar desconfortos ou piora do quadro. 

Como é feita a continuidade do tratamento?

O comportamento das pessoas durante os exercícios te mostra muitas informações, geralmente o segundo movimento que o indivíduo busca fazer para seu alívio quando sentado na cadeira é a rotação.

Biomecanicamente a rotação de tronco acontece muito mais pela coluna torácica do que pela lombar. Portanto, o trabalho de regiões adjacentes como a mobilização torácica é muito benéfico para indivíduos com queixas lombares e cervicais

Contudo, favorece uma força de cisalhamento maior nos discos intervertebrais lombares, por isso é preciso o momento e a dose certa para explorar. 

Começar sua aula deitado é uma boa opção, em que você anula a carga axial e depois evolui para sentado ou de pé. 

Outra diferenciação que pode ser feita é mobilizar pela alavanca superior, já que o aluno estará deitado de lado e realiza rotação do tórax. Ou mobilizar com alavanca inferior, ele estará em decúbito dorsal e pernas flexionadas jogando os joelhos de uma para a outra. 

Tudo precisa ser respeitando as sensações e limites do aluno. Em seguida passamos a explorar a flexão lateral e combinação entre flexão e rotação, e extensão com rotação. Os movimentos de Mermaid são ótimas opções para explorar os movimentos de inclinação lateral. 

Uma forma de expor as combinações de movimento é se o aluno tem preferência por flexões, sendo preferível que comece com flexão rotação, como no The Saw e Spine Stretch. Se é preferência por extensão comece por extensão rotação, depois evolua para as duas direções. 

Assim que começar as exposições mais elaboradas de movimento, evolua para exposições funcionais de demanda diária, ou se seu aluno exerce algum esporte traga essa demanda para o Pilates, dessa forma pode melhorar seu desempenho.

Conclusão

É necessária uma estabilidade dinâmica, diferente de rigidez. Com isso é importante trabalhar essas duas funções de forma conjunta, o que proporciona movimentos de qualidade, o que chamamos de mobilidade dentro da estabilidade.

Usem e abusem do Spine Stretch e suas variações, obtenha grandes resultados e melhore sua qualidade de vida. Adquira um raciocínio clínico para, assim, de forma pensada e elaborada, extrair o máximo de benefícios dos exercícios. 

Um bom Spine Stretch a todos!


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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